Conheça os impactos dos fogos de artifício para crianças autistas

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Quinta-feira, 20 de Junho de 2024 às 11h21

Especialista da UNINORTE explica como a sociedade pode oferecer apoio e compreensão

Com a chegada das festas juninas, o colorido dos fogos de artifício e seu estampido característico tornam-se parte intrínseca das celebrações. No entanto, para as pessoas autistas, esses elementos podem representar desafios significativos.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) afeta a comunicação, o comportamento e a interação social. Além disso, estímulos sensoriais intensos, como os produzidos pelos fogos, podem causar desconforto e ansiedade. A Responsável Técnica da Clínica-Escola de Psicologia da UNINORTE, Alcilene Moreira, explica como isso afeta as pessoas com TEA, principalmente as crianças.

“Para crianças autistas, os fogos de artifício podem desencadear uma sobrecarga sensorial, levando a reações adversas. O som estrondoso é avassalador, causando estresse e ansiedade. Já as luzes brilhantes e os estalos imprevisíveis resultam em sensações aversivas por serem perturbadores. As festas juninas também representam desafios na comunicação por conta do ambiente ruidoso e agitado. As interações sociais complexas e as expectativas de comportamento podem ser confusas e angustiantes”.

Alcilene ainda aborda como a comunidade precisa estar ciente dos desafios e oferecer apoio e compreensão. Algumas estratégias que podem ser realizadas são:

Sensibilização: educar a comunidade sobre o autismo e seus efeitos pode promover empatia e compreensão;

Adaptação: organizar eventos com menos estímulos sensoriais e mais espaço para as crianças se sentirem confortáveis;

Uso de protetores auriculares: fornecer esses itens pode ajudar a minimizar a intensidade dos ruídos dos fogos de artifício;

Espaços de calma: criar áreas tranquilas e seguras para elas se retirarem temporariamente, longe da agitação;

Comunicação visual: utilizar sinais visuais ou cartões de comunicação é uma forma de ajudá-las a expressarem suas necessidades e desejos durante as festividades.

“Ao promover a conscientização e implementar estratégias de apoio, é possível garantir que todas as crianças possam desfrutar das festividades com segurança e inclusão”, complementa Alcilene.

Conheça a Clínica-Escola de Psicologia da UNINORTE

Localizada na Av. Getúlio Vargas, Centro, a Clínica-Escola de Psicologia da UNINORTE oferece o serviço de psicoterapia individual e escuta emergencial para a população (crianças, a partir de sete anos, e adultos, até 70). O atendimento tem uma taxa simbólica e pode ser marcado pelo WhatsApp (92) 3212-5169 ou presencialmente na unidade.